Esses dias atrás me peguei refletindo sobre minha trajetória na
dança. E senti vontade de escrever este texto.
Sempre amei a dança, qualquer dança. Lembro, quando era criança, que minha mãe me levou para assistir o Ballet ‘Quebra Nozes’ no teatro, fiquei completamente apaixonada e encantada. Quando era adolescente tinha mania de escolher alguma música e criar coreografias loucas, passava horas dançando em frente ao espelho, sem técnica nenhuma, sem nunca ter feito aulas.
Sempre amei a dança, qualquer dança. Lembro, quando era criança, que minha mãe me levou para assistir o Ballet ‘Quebra Nozes’ no teatro, fiquei completamente apaixonada e encantada. Quando era adolescente tinha mania de escolher alguma música e criar coreografias loucas, passava horas dançando em frente ao espelho, sem técnica nenhuma, sem nunca ter feito aulas.
Antes de entrar na faculdade, me inscrevi em um curso de jazz
em uma escola do meu bairro, fiquei 1 ano na turma, mas logo em seguida passei
no vestibular, em estatística, e meu foco mudou. Mesmo assim não abandonei a
dança, fiz dança contemporânea como matéria eletiva. Depois que me formei fui
para São Paulo fazer estágio em uma empresa de pesquisa de mercado e logo depois
do estágio fui contratada pela Serasa, onde trabalhei 7 anos, depois recebi uma
proposta para trabalhar no banco Itaú e no final fiquei em São Paulo por 12
anos.
Nesse meio tempo, apesar de me achar velha para iniciar qualquer
dança, decidi fazer aulas de dança do ventre para me distrair, me exercitar e
me sentir menos solitária (já que estava longe da minha família). No começo
tive muita dificuldade, para assimilar os passos, decorar sequências, pois meu
corpo ainda não havia sido treinado para isso. Muitas vezes me sentia
desmotivada, porque já estava na dança a um certo tempo, e entravam meninas
novas que conseguiam pegar os passos mais facilmente. Muitas vezes voltei para
casa chorando no metrô, querendo abandonar as aulas. Mas o amor pela dança não
me deixou desistir.
E cá estou, quem diria, trabalhando com minha amada dança. Até
chegar onde cheguei foi um longo caminho, de estudo, dedicação e coragem. Digo
coragem, porque se eu não tivesse aceitado os convites para dançar em eventos,
talvez não tivesse me desenvolvido tanto.
Dançar é prática, é experiência. Então além de você estudar e
praticar na sala de aula, é importante você aceitar dançar no final do ano com
seu grupo da escola, é aceitar o convite para fazer um solo na festa da sua
amiga, é topar dançar no restaurante árabe. Isso te dá desenvoltura, te faz
compreender que há diferença entre dançar no palco e em um restaurante e que para
cada tipo de público a escolha da música ‘certa’ é muito importante. Também te
dá a percepção de como interagir com seu público, você aprende a lidar com ‘imprevistos’
e se adequar a eles, você entende que para dançar em alguns lugares é
imprescindível coreografar sua dança e que para outros você deve dar espaço
para o improviso. Você aprende a ser um personagem diferente à cada dança.
É importante se ‘jogar’ na dança, porém sempre com o respaldo
de uma mestra/professora que irá te dizer se você está preparada para se
apresentar em grupo, competir, dançar um solo, etc, e caso ainda não esteja,
ela irá te guiar para isso.
Então para se tornar uma ótima bailarina, procure uma boa
professora, estude muito, pratique muito, se atualize sempre, saia da sua zona de conforto e dance, dance,
dance para o resto da vida.
“Não é o ritmo nem os passos que fazem a dança. Mas a paixão
que vai na alma de quem dança” (Augusto Branco)